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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Evolução


EVOLUÇÃO

Faltavam apenas quarenta e cinco dias para o final do semestre e conseqüentemente esse mesmo tempo faltava para o encerramento das atividades curriculares do curso de Gestão de Recursos Humanos da Fatec de Ipatinga, quando a Professora Maria do Carmo, adentrou a sala de aula com uma caixa de lápis de cor e um pacote com várias cadernetas que mais pareciam aquelas de açougue usadas nos bairros e cidades onde todas as pessoas se conhecem. Esse fato vive na minha memória e lembro dele com um ar de graça e alegria, pois me lembrei da época que meu Pai me mandava ir ao açougue buscar carnes e anotar na tal caderneta. Mal sabia eu que iria novamente viver experiências diferentes com a “caderneta de açougue da Carminha”.

Prontamente começamos a trabalhar e alguns na sala, inclusive eu, fomos relutantes com a idéia de “perder tempo colorindo e desenhando”, além da vã filosofia que estamos acostumados nos treinamentos e cursos oferecidos por nossas empresas. Mas a didática e a sensibilidade da Mestra nos envolveu de tal forma que todos fizemos uma viajem no nosso intimo mais profundo. A delicadeza da condução das palavras fortes, que teimavam a invadir meu interior, não custou muito a fazer efeito no meu mais profundo ser. Com os ouvidos atentos, a mão num colorido constate e a cabeça a mil, conheci o verdadeiro significado de vida, a evolução em formas geométricas formando uma mandala colorida. A sensação que tive naquele instante foi de total liberdade para pensar e criar, e o resultado obtido foi que eu poderia fazer muitas coisas belas e diferentes usando a criatividade. A experiência foi tão marcante que tirei vários xérox das mandalas do Livro de Colorir para Adultos e num final de senama de churrasco na fazenda, espalhei os lápis na mesa juntamente com as figuras a serem coloridas, e todos, sem exceção coloriram um pouco. Nessa ocasião pude perceber o envolvimento das pessoas em fazer algo bonito e diferente.

Uma atividade interessante foi o caminho do Guerreiro. Esse caminho nos lembrava da trajetória do nosso curso de RH. Conflitos e alegrias antigas foram despertados como de um sono profundo e revivemos a chegada do primeiro termo e o desenvolvimento de cada pessoa. Lembrei-me dos grupos formados espontaneamente, das amizades surgindo do olhar, do sorriso, da afinidade e do carinho imediato. Lembrei-me inclusive da mesma professora Carminha, cantando uma música de despedida do termo. Como ela poderia ter tido coragem para aquele ato. Aquela música suave! Ela poderia simplesmente ter levado uma chuva de risos e gargalhadas que poderia lhe causar grandes custos com a Terapia. Mais eis que ela teve coragem de ousar. E todos lembram dela com carinho, afeto e amor! Pois uma pessoa capaz de um gesto destes, com uma turma que acabara de conhecer, recebeu em troca carinho e fidelidade e não risos de deboche.

Continuando meu caminho de evolução na caderneta de açougue, encaramos a nossa metamorfose. Esse trabalho se baseava em buscar atos e ações do dia a dia e muda-los, arrancando assim, vícios que nos impedia de vencer.

Como é difícil uma mudança! As vezes acho que nunca vou conseguir vencer certos hábitos como o de falar ainda algumas gírias, estar mais atendo aos detalhes do trabalho e da escola, planejar melhor o futuro, comunicar melhor....

Ainda vivo esse processo doloroso diariamente com disciplina e força de vontade, pois uma lagarta se transformar numa borboleta, não acontece da noite pro dia.

A atividade do desenvolvendo talento em RH, me deixou vários sentimentos diferentes, mais todos positivos e motivadores. A Mensagem da Vitória me mostrou que o meu maior inimigo sou eu mesmo. Minhas inconseqüências, meus atos impensados e porque não falar da falta de seriedade com que faço as coisas. Pensando e analisando o que é Humanidade fiz uma ligação com a Evolução. Humanidade é evolução! Estamos em constante crescimento de idéias de invenções que vêem a facilitar nossa vida e dia a dia. Se não estamos pensando em fazer algo diferente no nosso trabalho ou lar, visando uma evolução profissional e pessoal, tem gente que faz, e portanto está na minha frente. Desta forma, dei mais um passo rumo a minha evolução, colocando apenas foco nas metas e objetivos. Com esse foco, a criatividade e atitude , pois uma idéia na cabeça não transforma nada, busquei novos projetos e desafios, dentre eles um curso de Gestão e Planejamento Financeiro Organizacional, promovido pelo Sebrae no mês de maio de 2009.

Relembrando de todos os sentimentos faltava o grande final. Sentir o sentimento duro da falha. O trabalho final consistia em escolher várias pessoas da sala e identificar suas atitudes admiriráveis, os desafios pessoas, as recomendações técnicas que eu recomendaria e finalmente um conselho de amigo. Super-fácil, pensei comigo! Eu muito observador, sempre pronto a procurar uma definição para um perfil ou uma pessoa, me vi na situação de ser definido por alguém da sala. Ao pegar os únicos dois julgamentos, a primeira coisa que me veio a cabeça foi: Será que eles tem medo de min?? Ou será que eu não tenho importância pra eles?? Ou ainda, com o ego nas alturas, diga-se de passagem, coisa de leonino de gênio e vaidade forte, pensei, minha inteligência é acima da média, logo poucos serão capazes de me dar um conselho que eu já não conheça.

Cheguei até brincar com a turma dizendo que eu era perfeito, quando começamos o desenvolver da atividade onde cada um iria ler para a sala o que achavam dele, e para minha surpresa fiquei frente a frente com a maior verdade de minha vida: O fato de não confiar plenamente no potencial da equipe que eu trabalhava.

Sempre achava que se num trabalho em grupo se eu não tomasse a frente e executasse boa parte do trabalho, não sairia perfeito. Além disso esquecia de olhar o bom resultado quando o trabalho não era totalmente meu. Fiquei perplexo comigo, mesmo! Como poderia ter agido daquela forma com meus companheiros? Como poderia eu, ser tão ingênuo, ao ponto de não enxergar uma verdade tão clara? Nessa fusão de sentimentos só posso agradecer a Simone. Essa sim posso chamar de amiga!A única pessoa que de fato deve coragem de escrever nas recomendações técnicas: “ Confiar mais no potencial das pessoas”.

Com todos esses passos, essa viajem alucinante eu busca do eu, posso concluir que o objetivo da mestra foi alcançado. A evolução está ocorrendo diariamente como pessoa e como Gestor. O Valor Humano deve ser valorizado a cada momento dentro e fora da organização. O potencial e os talentos são divididos a Humanidade por Deus de forma igualitária e todos têm capacidade de evoluir cada vez mais. A viagem da caderneta de açougue da Carminha me fez evoluir no mínimo uns 5 anos na minha carreira pois desviou o foco nas pessoas aos meu redor para dentro da minha pessoa, promovendo um alto conhecimento e uma análise profunda das minha atitudes a ações , fazendo com que eu simplesmente evoluísse.


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Sonhos....

Escrever sobre sonhos é acima de tudo sonhar.
Acabei de escutar num filme que os sonhos são desafios ou metas que colocamos para nos mesmos. Esses desafios pessoais somente serão alcançados se sonharmos.A visualização de um sonho é o primeiro passo para a conquista do objetivo, portanto, sonhe, sonhe muito, sempre que puder sonhe e acima de tudo corra atrás de seus sonhos...

domingo, 14 de fevereiro de 2010

RECURSOS HUMANOS X GESTÃO DE PESSOAS


Vivemos a era do conhecimento, onde o talento humano e suas capacidades são vistos como fatores competitivos no mercado de trabalho globalizado. Porem esse talento e essa capacidade tem que ser vista com outros olhos, olhos de colaboradores e não de concorrentes. Necessitamos assim resgatar o papel do ser humano na organização, a fim de torná-los competentes para atuar em suas atividades como colaboradores. É com este cenário que as organizações devem ter a visão de que o Capital Humano será seu grande diferencial. Assim surge um novo conceito em gestão de pessoas,os avanços observados nas últimas décadas têm levado as organizações a buscarem novas formas de gestão com o intuito de melhorar o desempenho, alcançar resultados e atingir a missão institucional para o pleno atendimento das necessidades dos clientes. Nota-se também que o sucesso das organizações modernas depende, e muito, do investimento nas pessoas, com aidentificação, aproveitamento e desenvolvimento do capital intelectual. Observa-se que existe um grande esforço no sentido de mudar do antigo modelo burocrático para um modelo de gestão gerencial que em muitos casos grandes avanços aconteceram,como por exemplo, a introdução de novas técnicas orçamentárias,descentralização administrativa de alguns setores, redução de hierarquias, implementação de instrumentos de avaliação de desempenho organizacional. A real vantagem competitiva no mercado não está somente representada no financeiro ou nos altos investimentos em tecnologia, entre outros exemplos que poderíamos citar, mas sim nas pessoas que compõem a organização, que movimentam tudo isto no cotidiano. A partir da década de 90, com as profundas mudanças nos cenários nacional e Internacional como a globalização, tiveram a necessidade urgente de buscar novos paradigmas de gestão. Assim precisamos quebrar os velhos paradigmas para entender a empresa e as pessoas como gestoras e colaboradoras bem como entender o novo conceito de gestão de pessoas. Se analisarmos, perceberemos que o papel do colaborador é mais participativo, ele tem maior autonomia em suas atividades, cooperação nas decisões com seus gestores, facilidade na interação, aprendizagem, conhecem a empresa e participam dos negócios. Porém, o discurso tem que ser unido com a prática, ou seja, a gestão de pessoas tem que efetivamente acontecer na prática. Entretanto, algumas questões cruciais permanecem pendentes e precisam ser enfrentadas. Um dos caminhos que poderão ser percorridos é o aprimoramento da gestão de pessoas, tendo como premissas a valorização do capital intelectual e a modernização do processo produtivo. O setor de Recursos Humanos era um mero departamento mecanicista que cuidava da folha de pagamento e da contratação do profissional que exigia desse profissional apenas experiência e técnica, não havia um programa de capacitação continuada do profissional. A Gestão de Pessoas é caracterizada pela participação, capacitação, envolvimento e desenvolvimento do bem mais precioso de uma organização que é o Capital Humano que nada mais são que pessoas que a compõe. Cabe a área de Gestão de Pessoas a nobre função de humanizar as empresas. Gestão de Pessoas é um assunto tão atual na área de Administração, mas que ainda é um discurso para muitas organizações, ou pelo menos não se tornou uma ação prática. Compete ao Departamento de Recursos Humanos promover, planejar, coordenar e controlar as atividades desenvolvidas relacionadas à seleção, orientação,avaliação de desempenho funcional e comportamental, capacitação, qualificação,acompanhamento do pessoal da instituição num todo, assim como as atividades relativas à preservação da saúde e da segurança no ambiente de trabalho da Instituição. O setor de gestão de pessoas tem uma grande responsabilidade na formação do profissional que a instituição deseja, objetivando o desenvolvimento e crescimento da instituição como o do próprio funcionário, tido como colaborador para adquirir os resultados esperados. Para isso a gestão de pessoas procura conscientizar esse colaborador de que suas ações devem ser respaldadas nos seguintes princípios: Desenvolvimento responsável e ético de suas atividades; Capacidade de atuação baseada nos princípios da gestão empreendedora; Capacidade de realização de tarefas que incorporem inovações tecnológicas; Capacidade de trabalhar em rede; Capacidade de atuar de forma flexível. Conhecimento da missão e dos objetivos institucionais das organizações em que atuam; Dominar o conteúdo da área de negócio da organização; Capacidade de atuar como consultor interno das organizações em que trabalham, entre outros. Para desenvolver essas ações o gestor também deve ter: Visão sistêmica, Trabalho em equipe, bom relacionamento inter-pessoal, Planejamento, Capacidade empreendedora, Capacidade de adaptação e flexibilidade, Cultura da Qualidade, Criatividade e comunicação,Liderança, Iniciativa e Dinamismo. O desenvolvimento dessas habilidades e competências são importantes, tanto para o gestor como para o colaborador, pois envolvem elementos da personalidade das pessoas aplicados à sua práxis profissional. Representando então um processo de integração entre as características individuais e as qualidades requeridas para missões profissionais específicas.